segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Internet Vai Matar a Televisão - YouTube

YouTube

Filipe Redondo/Folha Imagem

Não é o YouTube que matará a televisão, mas sim a internet. A opinião é de Chad Hurley, cofundador do site de compartilhamento de vídeos YouTube.

Pela primeira vez no Brasil para participar do Digital Age 2.0, evento que discute novos caminhos para a internet, Hurley falou sobre o futuro da ferramenta, uma das líderes em audiência na rede.

“A ideia de transmissão ao vivo está morta. Claro que no futuro ainda teremos a experiência de ver TV, talvez em eventos ao vivo. Mas a ideia de uma família sentada no sofá, às 20h, esperando um programa, não vai mais existir”, disse.

Para se tornar cada vez mais o lugar que as pessoas procuram quando querem ver televisão, o YouTube tem uma meta tão ambiciosa quanto a do Google, que adquiriu a ferramenta por US$ 1,65 bilhão em 2006: organizar e disponibilizar toda a informação do mundo _nesse caso, os dados em vídeo, disse Hurley.

A equipe de engenheiros do YouTube tem se concentrado em fazer melhorias na plataforma, no intuito de tornar o envio e a visualização de vídeos mais rápidos. A cada minuto, os usuários do site enviam o equivalente a 24 horas de conteúdo, segundo o cofundador.

A interface também passará por mudanças em breve. “O site é poluído, e eu pressiono muito os designers. Nos próximos meses, o YouTube se tornará uma experiência mais limpa e centrada no vídeo”, afirmou.

Outro objetivo é fazer investimentos que credenciem o YouTube como ferramenta de exibição de conteúdos longos e em alta definição. “Quando criamos o site, queríamos a maior audiência possível. Os vídeos eram curtos, de baixa qualidade. As pessoas pensam que é só isso hoje também. Mas temos vídeos em alta definição. E queremos ser uma opção de distribuição de vídeos em qualquer suporte, do computador ao celular.”

Sem revelar a quantia de investimentos na ferramenta nem o quanto ela rende, Hurley citou que a equipe vem desenvolvendo modelos de negócios eficientes _o último trimestre foi o de maior arrecadação desde a criação do serviço, há quatro anos.

Outro passo que tem ganhado destaque é o investimento em publicidade e em rentabilização dos usuários. “Queremos desenvolver melhores maneiras de disponibilizar propaganda para os usuários. Queremos que o conteúdo tenha relevância, que tenha a ver com o que ele vê e com o que gosta.” O modelo, no entanto, ainda está longe de ser formalizado. “Conteúdos diferentes exigem formatos (publicitários) diferentes.”

Indagado sobre como acha que o YouTube será daqui a dez anos, Hurley ponderou: “É difícil, porque não existimos nem há cinco anos. Vai haver carros voando, máquinas do tempo... Não faço ideia. Espero que a experiência do usuário seja mais rápida, que o catálogo de vídeos seja mais completo e diversificado. E que tenhamos a resposta para o que devemos ver em seguida”.

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